domingo, 18 de outubro de 2015

Os 12 fundamentos do estatuto da igreja do Senhor Jesus Cristo                Por: antuninamartins2012@gmail.com

                        História da igreja                
 Aos alunos do terceiro ano teológico I.T.Q Vespasiano                          
Estudo Nº 535 Escrito e editado em 17/10/2015
1º. Mateus 16:18. A igreja em tese referida, é fundamentada  sob e sobre a Rocha!
2º. 1ª Pedro 1:18-20. Romanos 16:25-26. Foi comprada com o sangue de Jesus e nasceu no coração de Deus !
3º. Atos 1:8. Foi inaugurada e a princípio, administrada pelo Espírito Santo !
4º. Romanos 10:8-17. So pode ser formada por pessoas que deram credito à pregação da palavra de Deus; Isaías 53:1-12, Única e exclusivamente !
5º. Hebreus 12:1-2. É construída por um único autor !
6º. Efésios 4:5. É por princípio monoteísta e possui uma única forma de crer, bem diferente das crenças religiosas politeístas mundial !
7º. 2ª Tessalonicenses 3:1-2. Sua porta de entrada é o evangelho genuíno de uma fé apenas, diferente das crendices religiosas mundial !
8º. 1ª Corintios 13:13. Possui três fundamentos inabaláveis de apoio religioso !
9º. Gálatas 1:8-9 ; Atos 17:11. É regida por uma única regra de fé e prática !
10º. Marcos 16:15-16 ; Atos 4:12; 1ª  Timóteo 2:5 Possui um único meio e sacramento à salvação !
11º. 1ª Corintios 11:26. Possui um único sacramento comemorativo e de gratidão à salvação !
12º. 1ª Corintios 12:12-14. É a única que pode reunir todos os povos, nações e  línguas em Cristo para Deus; Efésios 1:3-14.   

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

História da Igreja 3º ano de antuninamartins@gmail.com - Aos alunos de Sábado à tarde e à distância - I.T.Q Vespasiano

                     
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 Exercício a ser feito em casa
Professor(a):_________________________________
Aluno(a):____________________________________
Sábado à tarde [     ]        -     À distância [      ]
Desde 1452, de acordo com a história, quais são os quatro
principais reformadores na igreja do Senhor Jesus, classificados por: antuninamartins@gmail.com ?
 Narre a data de nascimento, e bem como a morte dos que 
temos informação; a doença  que um deles era acometido,
 qual a sentença imposta a cada um destes e a consequência desta
sentença , também, seus nomes e qual denominação foi
fundada por cada um deles ?    Seja breve e objetivo(a) !
    1º. Entre 1452 e 1498.









     2º. Entre 1483 e 1546.








     3º. Entre 1509 e 1564.








     4º. Entre 1703 e 1791.














domingo, 16 de agosto de 2015

História da igreja- 3º ano teológico - I.T.Q Vespasiano - Sábado à tarde e à distância - 2015

                                          Exercícios resolvidos às provas
1ª. )Pergunta:   Onde foi inaugurada a igreja do Senhor Jesus Cristo ?
Resposta:  A igreja do Senhor Jesus O Cristo, especificamente, foi inaugurada em Jerusalém,
no dia de pentecostes, aos cinquenta dias após a festa da pascoa e uns quarenta dias depois da 18ª aparição do Cristo ressurreto ! Atos 2. O Espírito Santo desceu sobre os discípulos !
        Fora inaugurada pelo Espírito Santo de Deus como administrador( Atos 1:4-8 ) e estavam presentes 120 dos discípulos .
        A primeira pregação na igreja recém inaugurada foi feita por Pedro, Atos 2:14-41 e o resultado foi três mil conversões.   Logo a igreja estava com quase 4.000 membros e já que quando o Senhor falou pela última vez aos discípulos, falou para mais de quinhentos , 1ª
Corintios 15:5-6.

2ª.) Pergunta:   Oque é que aconteceu  à igreja sair de Jerusalém ?
Resposta: AT 8:1.  Com a morte de Estevão desencadeou uma perseguição contra a igreja e
isto fez com que saísse de Jerusalém e foram à Judeia e Samaria .

3ª. ) Pergunta:   Quando ocorreu a 1ª grande perseguição ?
Resposta:  Atos 8 a 9. Começou com a morte de Estevão se estendeu aos demais cristãos.

4ª. )  Pergunta: Qual foi a primeira igreja missionária depois de Jerusalém ?
Resposta:  Atos: 13. A igreja de Antioquia da Síria foi a primeira igreja missionária a cumprir
o IDE de Jesus Cristo.

5ª.)   Pergunta:  Oque ocorreu no interior da igreja depois do Edito de Milão em 313 por Constantino e Licínio encerrando quase que definitivo a perseguição de mais de trezentos 
anos contra a igreja do Senhor Jesus Cristo especificamente ?
Resposta:  Os dirigentes da igreja deixaram de ter a Bíblia como única regra de fé e prática
até o período da reforma que iniciou em 1453 e se estendeu até 1648.

6ª.)   Pergunta: Quais foram os maiores reformadores na história da igreja do Senhor Jesus
Cristo, especificamente ?
Resposta:  Os maiores reformadores na história da igreja são:  1452 – 1498 – GIROLAMO SAVONAROLA.  Nasceu em Ferrara, desde jovem resistia aos ensinamentos humanistas e renascentistas que recebia. Tornou-se monge dominicano zeloso e piedoso.
Em 1490 foi para a cidade de Florença, de onde a família Médici governava, trazendo a cidade para o epicentro da cultura renascentista. Lá Savonarola passou a denunciar a pecaminosidade da cidade em suas pregações, bem como a corrupção e a ambição dos governantes que se diziam cristãos. Savonarola atraiu para sai pregação grandes multidões, foi aí que ele predisse a queda da cidade falsamente cristã, e isto realmente ocorreu em 1492, quando os franceses invadiram a cidade e derrubaram os governantes.
Savonarola tornou-se governante e grandes modificações ocorreram no comportamento da população, que buscava redimir-se de seu comportamento do passado. Porém ele não manteve suas críticas ao comportamento popular, atacando também as atitudes do papa Alexandre VI, que era até mesmo pai de um grande número de filos ilegítimos.
Em 1495, o papa proibiu Savonarola de pregar, este obedeceu. Um ano depois, pensando que ele estava redimido, permitiu-o continuar voltar a pregar. Porém já em 1496 ele voltou a atacar a corrupção que era reinante na Igreja Católica. Em 1497 ele foi excomungado, e, após alguma resistência popular, foi enviado aos embaixadores do papa, que em 1498 queimaram ele e dois seguidores na grande praça da cidade.
Apesar da teologia de Savonarola ser católica, muitos líderes protestantes posteriores viriam a considera-lo um protestante, não por sua teologia, mas por sua busca de que a Igreja e as pessoas vivessem segundo o exemplo de Cristo.
                                        1483 – 1546 – MARTINHO LUTERO
Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483 na cidade de Eisleben, na Alemanha. Na sua fase estudantil, foi enviado às escolas de latim de Magdeburg (1497) e Eisenach(1498-1501). Ingressou na Universidade de Erfurt, onde obteve o grau de bacharel em artes (1502) e de mestre em artes (1505).
Seu pai fora um aldeão bem sucedido e sonhava em ter um filho advogado. Tendo, assim, iniciado seus estudos de direito, abruptamente, os interrompeu entrando no claustro dos eremitas agostinianos em Erfurt. O fato que o levou a isto é bastante estranho e gera controvérsias. A maioria dos historiadores dizem que isto aconteceu devido a um susto que teve quando caminhava de Mansfeld para Erfurt. Em meio a uma tempestade, quando um companheiro de caminho, ao seu lado, foi atingido por um raio, e ele por um pouco não fora também. Contam que foi derrubado por terra e em seu pavor, gritava "Ajuda-me Santa Ana! Eu serei um monge!". Preocupado com a salvação, o jovem Martinho Lutero decidiu tornar-se monge, a contragosto da família. Porém, foi consagrado padre em 1507. 
Lutero estava galgando os escalões da Igreja Romana e estava muito envolvido em seus aspectos intelectuais e funcionais. Por outro lado, também estava envolvido em conflitos internos pessoais quanto à salvação pessoal. Sua vida monástica e intelectual não forneciam resposta aos seus anseios interiores, às suas aflitivas indagações. Durante seus estudos, sempre lhe acompanhava a pergunta: "Como posso conseguir o amor e o perdão de Deus?"
Entre os anos de 1508 e 1512, lecionou filosofia na Universidade de Wurtenberg, onde também ensinava Teologia. Em 1512 formou-se Doutor em Teologia. Fazia também conferências sobre Bíblia, especializando-se em Romanos, Gálatas e Hebreus. Foi durante este período que a teologia do apóstolo Paulo o influenciou, levando-o à percepção claro dos erros que a Igreja Romana cometia, à luz dos documentos fundamentais do cristianismo primitivo: os livros da Bíblia.
Assim, Lutero foi descobrindo ao longo dos seus estudos que para ganhar o perdão de Deus não era necessário castigar-se ou fazer boas obras compensatórias, mas somente ter fé em Deus. Com isso, ele não estava inventando uma doutrina, mas retomando pensamentos bíblicos importantes que estavam à margem da vida da igreja já a muito tempo e que naquele momento gerava aberrações teológicas, tais como as indulgências. 
Seus estudos paulinos, porém, deixaram-no mais agitado e inseguro, particularmente diante da afirmação "o justo viverá pela fé", de Romanos 1:17. Pois ali ele percebia ele que toda a Lei e o cumprimento das normas monásticas, serviam tão-somente para condenar e humilhar o homem, e que destas coisas não se pode esperar qualquer ajuda no tocante à salvação da alma.
Tornou-se pároco da igreja de Wittenberg, passou a ser um pregador muito popular, proclamando os rudimentos desta fé que redescobrira. Além disso, em sua pregação ele opunha-se a venda de indulgências, fortemente comandada por João Tetzel.
Lutero decidiu tornar públicas essas idéias e em 31 de outubro de 1517, quando afixou na porta da Igreja de Wittenberg, sua teses acadêmicas, intituladas "Sobre o Poder das Indulgências". Seu argumento era de que as indulgências só faziam sentido como livramento das penas temporais impostas pelos padres aos fiéis. Mas Lutero opunha-se à idéia de que a compra das indulgências ou a obtenção das mesmas, de qualquer outra maneira, fosse capaz de impedir Deus de aplicar as punições temporais. Também dizia que elas nada têm a ver como os castigos do purgatório. Lutero afirmava que as penitências devem ser praticadas diariamente pelos cristãos, durante toda a vida, e não algo a ser posto em prática apenas ocasionalmente, por determinação sacerdotal. Este material resumia a aplicação prática do mais importante de sua (re)descoberta teológica até aquele momento.
Com isto Lutero pretendia abrir um debate para uma avaliação interna da Igreja, pois acreditava que a Igreja precisava ser renovada a partir do Evangelho de Jesus Cristo. Em pouco tempo toda a Alemanha tomou conhecimento do conteúdo dessas teses e elas espalharam-se também pelo resto da Europa. 
Foi João Eck quem denunciou Lutero em Roma, e muito contribuiu para que o mesmo fosse condenado e excluído do Igreja Romana. Silvester Mazzolini, que era o padre confessor do papa, concordou com o parecer condenatório de Eck, dando apoio a este contra o monge agostiniano. 
Embora estivesse sendo pressionado de muitas formas - excomungado e cassado - para abandonar suas idéias e os seus escritos, Lutero manteve suas convicções. Suas idéias atingiram rapidamente o povo e essa divulgação foi facilitada pelo recém inventado sistema de impressão de textos em série (imprensa).
Após isto Lutero escreveu "Resolutiones", em 1518, defendendo seus pontos de vista contra as indulgências, dirigindo a obra diretamente ao papa. Mas a obra não mudou o ponto de vista do papa a respeito dele. Mas muitas pessoas influentes se declararam favoráveis as opiniões de Martinho Lutero. Num debate teológico em Heidelberg, em 26 de abril de 1518, foi bem sucedido ao defender suas idéias.
Lutero foi convocado a comparecer a Roma, onde seria julgado como herege. Porém ele apelou para o príncipe Frederico, o Sábio, e seu julgamento foi realizado em território alemão em outubro de 1518, perante o Cardeal Cajetano. Diante deles Lutero recusou se retratar de suas idéias, tendo rejeitado a autoridade papal, abandonando assim a Igreja Romana. Sua saída da Igreja ficou confirmada num debate em com João Eck, em julho de 1519. A partir de então Lutero declara que a Igreja Romana necessita de Reforma, e publica vários escritos, dentre eles a "Carta Aberta à Nobreza Cristã da Nação Alemã Sobre a Reforma do Estado Cristão".
Assim, Lutero procurou o apoio de autoridades civis e começou a ensinar o sacerdócio universal dos crentes, Cristo como único Mediador entre Deus e os homens, e a autoridade exclusiva das Escrituras, em oposição à autoridade de papas e concílios. Na obra "Sobre o Cativeiro Babilônico da Igreja", ele atacou o sacramentalismo da Igreja. Dizia que pelas Escrituras só podem ser distinguidos dois sacramentos o batismo e a Ceia do Senhor. Opunha-se à alegada repetida morte sacrificial de Cristo, que ocorreria a cada missa. Em outro livro, "Sobre a Liberdade Cristã", ele apresentou um estudo sobre a ética cristã baseada no amor.
Em julho de 1520, a Igreja Romana expediu a bula Exsurge Domine, que ameaçava Lutero de ser excomungado, a menos que se retratasse publicamente. Lutero queimou a bula em praça pública. Em resposta a isto, Carlos V, Imperador do Santo Império Romano, mandou queimar os livros de Lutero em praça pública.
Lutero se fez presente na Dieta de Worms, em abril de 1521. Recusando retratar-se, disse que a sua consciência estava presa à Palavra de Deus, pelo que a retratação não seria correta. Dizem alguns historiadores que ele concluiu sua defesa com as palavras: "Aqui estou; não posso fazer outra coisa. Que Deus me ajude. Amém". Como resposta, 25 de maio de 1521, formalizou-se a excomunhão de Martinho Lutero, e a Reforma também foi condenada.

A Reforma, porém, espalhou-se pela Europa. Em 1530 os líderes protestantes escreveram a "Confissão deAugsburgo", resumindo os elementos doutrinários fundamentais do movimento. Por medidas de precaução, Lutero este recluso no castelo de Frederico, o Sábio, cerca de 10 meses, neste período deixou a barba e os cabelos crescerem e era chamado de Cavalheiro Jorge. Foi neste período que conseguiu tempo de trabalhar na tradução do Novo Testamento para a língua alemã. Esta tradução foi publicada em 1532. Com a ajuda de Melancton e outros amigos, a Bíblia toda foi traduzida, e, então, foi publicada em 1532. Essa tradução tornou-se tão importante ao ponto de unificar os vários dialetos alemães, do que resultou o moderno alemão.
Outro fato digno de nota foi o casamento de Lutero, com Catarina von Bora, filha de família nobre e ex-freira, que havia aderido à Reforma junto de outras colegas de clausura que fugiram do convento. Tiveram seis filhos, dos quais alguns faleceram na infância. Adotou outros filhos. Este fato serviu para incentivar o casamento de padres e freiras que tinham preferido adotar a Reforma. Foi um rompimento definitivo com a Igreja Romana.
Em 1546, aos 62 anos de idade, Martinho Lutero faleceu. Porém, só em 1555, o Imperador reconheceu que haviam duas diferentes confissões na Alemanha: a Católica e a Luterana.
Alguns dos pontos mais importantes defendidos por Lutero:
1. Nem o papa nem o padre, tem o poder de remover os castigos temporais de um pecador. 
2. A culpa pelo pecado não pode ser anulada por meio de indulgências. 
3. Somente um autêntico arrependimento pode resolver a questão da culpa e do castigo, o que depende única e exclusivamente de Cristo. 
4. Só há um Mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo. 
5. Não há autoridade especial no papa. 
6. As decisões dos concílios não são infalíveis. 
7. A Bíblia é a única autoridade de fé e prática para o cristão. 
8. A justificação é somente pela fé. 
9. A soberania de Deus é superior ao livre-arbítrio humano. 
10. Defendia a doutrina da consubstanciação em detrimento da transubstanciação. 
11. Há apenas dois sacramentos : o batismo e a ceia do Senhor. 
12. Opunha-se a veneração dos santos, ao uso de imagens nas Igrejas, às doutrinas da missa e das penitências e ao uso de relíquias. 
13. Contrário ao celibato clerical. 
14. Defendia a separação entre igreja e estado. 
15. Ensinava a total depravação da natureza humana. 
16. Defendia o batismo infantil e a comunhão fechada. 
17. Defendia a educação dos fiéis em escolas paroquianas. 
18. Repudiava a hierarquia eclesiástica.
                        
                       1509 –1564 – JOÃO CALVINO - LÍDER FRANCÊS DA REFORMA
Calvin é chamado de "o organizador do Protestantismo" porque em seu trabalho pastoral de organizar igrejas evangélicas em Estrasburgo e Geneva, desenvolveu um novo modelo de igreja.      Calvino nasceu no noroeste da França, sendo 25 anos mais jovem que Martinho Lutero. Seu nome real era Jean Cauvin, o qual mudou para "Calvin" anos mais tarde. Sendo estudioso, adotou a forma latina Calvinus. Sua cidade natal, Noyon, era um importante e antigo centro da Igreja Católica Romana, tanto que um bispo morava lá e a vida da cidade praticamente girava em torno da catedral.
João Calvino era oriundo de uma família de classe média. Gerard, seu pai, depois de servir à Igreja Romana em várias funções, inclusive como escrivão, veio a ser o secretário do próprio bispo. Assim, o jovem Calvino crescia fortemente ligado aos assuntos da igreja.
Afim de capacitar seu filho a alcançar uma posição de importância na Igreja, o pai de Calvino investiu na melhor educação possível, tanto que aos catorze anos de idade Calvino entrou para a Universidade de Paris, que era o centro intelectual da Europa Ocidental. Lá ele freqüentou o Colégio de Mantaigu, a mesma instituição na qual Erasmo estudou uns trinta anos antes. Embora Calvino se dedicasse a uma carreira similar em teologia, por diversos motivos sua formação tomou um rumo inesperado. Primeiro devido ao novo aprendizado do Renascimento, o Humanismo, que estava travando uma bem sucedida batalha contra o escolasticismo, a velha teologia católica da antiga Idade Média. Calvino se deparou com este novo aprendizado através de outros estudantes e foi rapidamente ganho por estas idéias. Em segundo lugar, inciava-se em Paris um forte movimento para reforma da Igreja, liderado por Jacques Lefèvre d Etaples (1455-1536). E Calvino se tornou um amigo íntimo de alguns dos alunos de Lefèvre. O terceiro motivo está ligado ás obras e idéias de Martinho Lutero que estavam circulado em Paris por algum tempo, causando uma agitação moderada; sem dúvida, Calvino se familiarizou com elas durante os anos de estudante.
Por fim, o pai de Calvino teve uma discussão com os oficiais da igreja em Noyon, incluindo o bispo. Em 1528, assim que Calvino obteve o seu grau de mestre de artes, seu pai lhe disse para deixar a teologia e estudar as leis. Sem se opor Calvino se mudou para a escola de leis em Orleans. Ali ele se dedicou ao estudo das leis, sendo elogiado por sua maestria na matéria. Com freqüência, dava aulas pelos professores ausentes.
Depois de três anos de estudo em Orleans, Bourges e Paris, conseguiu o seu doutorado e licença em leis. Durante esse percurso aprendeu grego e mergulhou nos estudos clássicos, que eram de grande interesse dos humanistas contemporâneos. Ligou-se a um grupo de estudantes que discordavam dos ensinos e práticas do Catolicismo Romano.
Em 1531, com a morte do pai de Calvino, ele se viu livre para escolher a carreira que iria prosseguir e não vacilou, optando por teologia. Excitado e desafiado pelo novo aprendizado, mudou para Paris para se dedicar a uma vida e de pastoreio.
Em 1536 ele publicou a primeira versão de “Institutas da Religião Cristã”, um resumo sistemático da teologia da Reforma. Ao ler este material, o reformador de Genebra Guilherme Farel persuadiu Calvino a ir para aquela cidade afim de auxilia0lo na implantação da Reforma naquele lugar. Lá ele pastoreou a Igreja de St. Pierre e pregava em três cultos por dia. Ainda durante sua estada nesta cidade ele produziu panfletos devocionais, doutrinários e resumos comentados da maior parte dos livros da Bíblia, apesar de ter sofrido com diversas doenças, principalmente enxaquecas.
Apesar de Genebra inicialmente oferecer grande oposição as idéias de Calvino, principalmente por este tentar faze-los ter um viver cotidiano condizente com os ensinos de Cristo, rapidamente sua influência se espalhou pelo solo mais fértil: as escolas. De lá saíam muitas lideranças que reproduziam a confissão de fé Calvinista.
O livro de Calvino que gerou impacto na sociedade na qual viveu, bem como na posteridade foi “As Institutas”, na qual trouxe um resumo bem claro e definido das idéias do protestantismo. Esta obra passaria a ter três volumes, sendo que um deles era dedicado ao Credo apostólico e outro à doutrina da predestinação. Este ensinamento não era uma unanimidade de Calvino, mas de todos os protestantes, porém pelo fato de ele dar uma grande ênfase a esta doutrina, ela ficou com o tempo imaginariamente atrelada a este líder.
A teologia de Calvino consiste em uma compreensão de toda a história da relação homem-Deus. Desde a preexistência de Deus, anterior a tudo, que projetou todas as coisas, que criou anjos e foi traído, que criou o universo, transformou a Terra, e criou o Homem. O qual desde a eternidade ele sabia que iria cair em pecado, querendo ser autônomo, dentre os quais desde a eternidade ele predestinou a muitos para viver a eternidade consigo. Por isto do plano de redenção e da entrega de seu Filho por muitos.
A estes, separados desde a Eternidade, Deus envia o Espírito Santo, levando-os a ter fé em Cristo, e assim serem salvos. O porquê disto não é motivo de estudo de Calvino, que destina a Deus um verdadeiro status de Senhor, de misterioso e misericordioso Soberano, o qual a ninguém revelou o motivo desta atitude, pois por justiça poderia ter condenado a todos, mas por misericórdia salvou a muitos.
Calvino lutava, em seus ensinos, contras as doutrinas Católicas da salvação pelas obras afirmando a soberania de Deus, mostrando que ele como Deus não pode nem deve ser enganado. Ele não cansou de afirmar: “Você não pode manipular Deus ou torna-lo seu devedor. É Ele que o Salva; pois você não pode fazer isso por si mesmo.”
Porém ele não deixava de afirmar em seus enérgicos ensinos que os crentes deveriam demonstrar sua salvação através de suas atitudes. No quarto volume das Institutas, Calvino dedicou-se a organizar a vida prática da igreja através da organização eclesiástica voltada ao presbitério e à santidade.
                                       

                                                                        SÉCULO XVIII

1703 – 1791 – JOHN WESLEY – EVANGELISTA FUNDADOR DA IGREJA METODISTA

Nascido em Epworth, na Inglaterra, João Wesley era filho de Samuel Wesley, que foi um precursor do Não-conformismo e pároco em Epworth, que, com sua esposa, criou seus filhos num ambiente de piedade e disciplina puritana. Aos cinco anos de idade Wesley foi salvo de um incêndio que destruiu a paróquia de seu pai e que posteriormente lhe deu motivo para que se referisse a si próprio como "um tição apanhado no fogo".
Wesley sempre teve uma educação cristã e recebeu seu título de Mestre em Artes em 1727 em Oxford. Porém, o curto período, dos 24 aos 26 anos de idade, que esteve como assistente do pai na paróquia de Wroote foi sua única experiência eclesiástica. Mas foi uma carta do pároco de Lincoln que trouxe Wesley de volta para suas obrigações em Oxford, onde ele se juntou a seu irmão Charles, a George Whitefield e outros jovens num empreendimento que se transformou no berço do movimento metodista.
A união destes jovens causou grande comentário entre os colegas em Oxford, principalmente por se reunirem com freqüência para estudarem da Bíblia, terem comunhão e juntos orarem. As pessoas se referiam a eles, sarcasticamente, como o ‘Clube Santo’, ‘Sacramentarianos’, ‘morcegos da Bíblia’, ‘fanáticos por Bíblia’ e ‘Metodistas’. João Wesley era chamado o "curador" ou "pai" do Clube Santo.
Charles, irmão de João foi quem começou o grupo enquanto ele estava servindo seu pai em Wroote. João quando retornou não se importou com o apelido, pelo contrário o usava como um distintivo de honra, tanto que no primeiro sermão falou de seus companheiros como "os ironizados chamados Metodistas". Muitos anos mais tarde, em seu Dicionário Inglês, ele acabou por definir ‘Metodista’ como ‘aquele que vive de acordo com o método estabelecido na Bíblia’.
No primeiro dia do ano de 1733, no meio da controvérsia que envolvia os "Metodistas de Oxford", João Wesley pregou seu segundo sermão universitário, intitulado "A circuncisão do coração". Este discurso serviu para caracteriza-lo como um teólogo, pois ali ele obteve aprovação tanto do vice-chanceler como do reitor de Lincoln. Nele Wesley apresentou as duas doutrinas básicas de seu ensino: a perfeição de Cristo e o testemunho do Espírito (de que somos filhos de Deus - Rom. 8:16).
Embora o tumulto gerado pelas suas posições tenha lhe custado posteriormente a perda de salário, de muitos amigos e até da reputação, João Wesley preferia valorizar "um coração limpo, um só olho, uma alma cheia de Deus! Uma troca justa, se pela perda da reputação, pudermos comprar o mais baixo grau de pureza do coração!".
Em 1735 João e seus irmãos foram chamados ao leito de morte de seu pai. Ali Samuel Wesley disse com firmeza a João: "Testemunho interior, filho, testemunho interior - esta é a prova, a maior prova do Cristianismo".
John Wesley pregava sobre fé e amor numa sociedade que caminhava para a frieza e para a dúvida. Certo é dizer que milhões ouviram sua pregação e milhares destes responderam com fé, o que resultou no surgimento de centenas de pequenos grupos de comunhão em toda Inglaterra, e, conseqüentemente, num novo movimento - o Metodismo - que ainda permanece.

7ª.) Pergunta: Em qual livro da Bíblia se baseou para fazer a reforma na igreja do Senhor
Jesus Cristo ?
Resposta:   Martinho Lutero se baseou no livro escrito por Paulo aos Romanos .

8ª.) Pergunta: Em quantos períodos podemos selecionar a história da igreja do Senhor Jesus
especificamente ?
Resposta:  A história da igreja pode ser selecionada em seis períodos .

9ª.) Pergunta:  Quais são estes períodos e quando ocorreram ?
Resposta:  1º período: 30 e 35 a 100 d.C      Apostólico e Pentecostes.
                   2º período: 100 a 313 d.C            Perseguição.
                   3º período: 313 a 476 d.C            Imperadores. 37 a 54 Cláudio César ; 54 a 68 Nero ; 81 a 96 Domiciniano ; 98 a 117 Trajano ; 284 a 305   Diocleciano ; 307 a 337 Constantino. 
                   4º período: 476 a 1453 d.C          Medieval / Cruzadas.
                   5º período: 1453 a 1648 d.C        Reforma.
                   6º período: 1648 aos nossos dias  Moderna.

10ª)  Pergunta:Quantas cruzadas houveram e quais são ?
Resposta:   As Cruzadas foram expedições militares, religiosas, políticas e econômicas que rumaram ao Oriente Médio, especificamente à Palestina, com a justificativa de libertar a “Terra Santa”. 

A tomada de Jerusalém durante a Primeira 
Cruzada em 1099, de um manuscrito medieval
        Primeira Cruzada 1096 – 1099 
Foi em 1095 que o Papa Urbano II proclamou a primeira Cruzada. Primeiramente foi iniciada a Cruzada dos Mendigos, que foi realizada por inúmeros marginais liderados por Pedro, o Eremita. Essa expedição partiu sem nenhuma organização, os indivíduos não possuíam armas nem recursos, apenas tinham a certeza de que combatendo os infiéis teriam a garantia da salvação de alma. 
Depois de percorrer toda a Europa por vários meses, a Cruzada dos Mendigos chegou a Constantinopla, de lá seguiram para a Ásia Menor, onde chegaram já enfraquecidos e foram destruídos pelos turcos. 
Em 1096, efetivamente a expedição da Primeira Cruzada partiu em direção à Jerusalém. Esta era constituída por grandes senhores que eram liderados por Godofredo de Bouillon. Após atravessar a Constantinopla conquistaram várias cidades asiáticas, como Edessa, Antioquia, Trípoli, Acre, e finalmente Jerusalém. 
                                                                     Segunda Cruzada 1147-1149 
Os cruzados se envolveram em disputas internas e como estavam distantes de suas bases européias, os turcos armaram um contra-ataque e reconquistaram Edessa. Com isso, São Bernardo de Claraval fixou a Segunda Cruzada que foi liderada por Conrado II, imperador germânico, e Luís VII, rei da França. Partiram para Antioquia e Acre, mas a conquista de Damasco foi fracassada, por isso acabaram renunciando. 
Em 1187, Saladino, sultão do Egito enfrentou os cristão e conseguiu conquistar Jerusalém. 
                                                                      Terceira Cruzada 1189-11921 
A Terceira Cruzada que foi convocada em 1189 teve a participação de Frederico Barbarroxa, imperador germânico, Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra e Felipe Augusto, da França. Frederico, que vinha por terra, morreu na Ásia Menor. Ricardo e Felipe, que avançavam por mar, chegaram à Palestina, e depois de um desentendimento entre eles, Felipe retornou à França onde tomou alguns dos feudos do rei inglês, e Ricardo ficou na Palestina onde disputou a Batalha de Arsuf e venceu Saladino, porém suas tropas já estavam arruinadas e não teve condições de sitiar a Cidade Santa. 
Nesse contexto, Ricardo firmou um acordo diplomático com Saladino, e retornou à Europa. Esse acordo garantia que Jerusalém ficaria aberta aos peregrinos cristãos por dez anos. 
                                                                     Quarta Cruzada 1202-1204 
A Quarta Cruzada foi convocada em 1202 por Inocêncio III, que recentemente havia assumido o pontificado. Esta expedição foi liderada pelo marquês de Montferrat e pelo conde Balduíno de Flandres. Primeiramente, os cruzados conquistaram a cidade de Zara, e no ano seguinte sitiaram e conquistaram a Constantinopla. 
No entanto, essa Cruzada não combateu os mulçumanos, apenas atacou e saqueou os povos cristãos. Por essa razão, Inocêncio III excomungou os cruzeiros da Quarta Cruzada. Esse fato indica que a intensa religiosidade não foi a principal causa das Cruzadas. 

         A entrada dos cruzados em Constantinopla
          Quinta Cruzada 1217-1221 
A Quinta Cruzada foi liderada por João de Brienne, rei de Jerusalém e por Leopoldo VI, duque da Áustria. Essa expedição alcançou o Acre, e em seguida seguiu para o Egito, porém a conquista desse território foi fracassada. 
          Sexta Cruzada 1228-1229 
A Sexta Cruzada foi comandada por Frederico II, imperador alemão. O líder teve bom êxito nas negociações com os maometanos: conseguiu algumas licenças econômicas, firmou um acordo de livre acesso dos cristãos à Jerusalém por quinze anos e foi titulado o rei de Jerusalém. 
    Sétima e Oitava Cruzadas (1248-1250 e 1270) 
Luís IX da França foi o líder da Sétima e Oitava Cruzadas. No ano de 1248, o imperador iniciou a Sétima Cruzada e foi derrotado e aprisionado quando desembarcou no Egito. Foi libertado quando seus companheiros fizeram o resgate. Em 1270, Luís IX iniciou a Oitava Cruzada atacando a cidade de Túnis, no norte da África, onde morreu vitima de uma peste.


Fonte: http://www.colegioweb.com.br/baixa-idade-media-cruzadas-e-renascimento-comercial/as-oito-cruzadas.html#ixzz3j04yFoDR


sábado, 15 de agosto de 2015

2ª Prova- História da igreja - 3º ano teológico - I.T.Q. Vespasiano - Sábado à tarde e à distância - 2015


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Aluno(a):_________________________________________________________________

Professor(a):______________________________________________________________

                                                                           I
Qual é o nome do maior reformador na igreja de Jesus Cristo ?

Resposta:____________________________________________________________

                                                                         II
Em qual livro se baseou para realizar a reforma na igreja de Jesus Cristo ?

Resposta:_____________________________________________________________

                                                                           III
Em quantos períodos podemos dividir a história da igreja ?

Resposta:______________________________________________________________

                                                                             IV
Responda quais são estes períodos  e numere os na ordem:

Resposta:   (     ) 1648 até nossos dias: é o período:_____________________________
                    (     ) 1453 até 1648 é o período da:________________________________
                    (     ) 476 até 1453 é o período das:_________________________________
                    (     ) 313 até 476 é o período dos:__________________________________
                    (     ) 100 até 313 é o período da pior:_______________________________
                    (     ) 30 e 35 até 100 é o período dos______________e de:______________

Quem fez a primeira pregação na igreja recém inaugurada ?

Resposta: _________________________________________________________________

1ª Prova -História da igreja - 3º ano teológico - I.T.Q Vespasiano - Sábado à tarde e à distância - 2015

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Aluno(a):______________________________________________________________

Professor:_____________________________________________________________

                                                                       I
Responda: Onde foi inaugurada a igreja de Jesus Cristo, quando, por quem, quantos
estavam presentes, quem fez a primeira pregação e qual foi o resultado da primeira
pregação?
1º. Onde foi inaugurada:__________________________________________________

2º. Quando foi inaugurada:________________________________________________

3º. Quem a inaugurou:____________________________________________________

4º. Quantos estavam presentes:_____________________________________________

5º. Quem fez a 1ª pregação:________________________________________________

6º. Qual foi o resultado da primeira pregação:_________________________________

                                                                           II
Responda: Oque é que aconteceu para a igreja sair de Jerusalém ?

Resposta:_________________________________________________________________

                                                                            III
Quando aconteceu a primeira perseguição contra igreja recém inaugurada ?

Resposta:__________________________________________________________________

                                                                             IV
Qual foi a primeira a enviar missionários a cumprirem o IDE de Jesus Cristo ?

Resposta:___________________________________________________________________

                                                                               V
Oque aconteceu com a igreja de Jesus Cristo depois das piores perseguições em 313  até
1453 no início da reforma?

Resposta:____________________________________________________________________

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sábado, 8 de agosto de 2015

Constantino e o cristianismo - A visão que mudaria a história da igreja de Jesus Cristo !

Constantino, não reconheceu o cristianismo como a religião do estado em 313 com o edital de Milão, mas como mais uma das religiões do estado e assim, até a reforma com Matinho Lutero em 1453 que se estendeu até 1648 o cristianismo não tinha a Bíblia como a única regra de fé e prática !
   Este filmo é de propriedade privada e não pertence a                             antuninamartins2012@gmail.com

quarta-feira, 29 de julho de 2015

História da igreja - I.T.Q Vespasiano - 3º ano teológico - Alunos de Sábado à tarde e à distância - 2015

                           A Igreja Primitiva
                             A história e doutrina da Igreja Primitiva
                                              Autor desconhecido
          Como o cristianismo primitivo foi destruído por Constantino
O cristianismo era como um tesouro precioso que os apóstolos encomendaram a outros homens de alta confiança, cheios do Espírito Santo. A igreja primitiva salvaguardou este tesouro precioso dentro de uma fortaleza inexpugnável, fortificado depois por quatro muros altos. Estes muros eram:
1. Nenhuma revelação nova.
Era difícil que uma doutrina nova conseguisse estabelecer-se porque a igreja primitiva tinha a firme crença de que não receberia nenhuma nova revelação depois do tempo dos apóstolos. Ademais, mantinham um espírito muito conservador. Criam que qualquer mudança de doutrina os envolveria imediatamente no erro. Gálatas 1:8-9
2. A separação do mundo.
A separação da igreja do mundo protegia à igreja da influência das correntes de atitudes e práticas mundanas. 1º Cor.5:1-13
3. O recorrer às igrejas apostólicas.
A prática voluntária de recorrer com qualquer pergunta aos anciãos das igrejas onde tinham ensinado os apóstolos assegurava a igreja à tradição apostólica. 1º Cor.6:1-20
4. A independência de cada congregação.
Se surgia uma doutrina falsa, era difícil que se disseminasse por toda a igreja primitiva porque cada congregação se administrava independente das demais Enquanto estes quatro muros ficavam intactos, o cristianismo puro dos apóstolos ficava seguro de grandes contaminações.Quiçá com o percorrer dos anos estes muros se tivessem destruído eles mesmos. Nunca o saberemos, porque se derrubaram com grandes golpes primeiro.
Não digo que os muros se derrubaram sob os golpes da perseguição Ao invés, através de quase trezentos anos,Satanás dava à igreja primitiva um golpe de perseguição depois de outro. Mas os muros altos que protegiam à igreja primitiva não renderam quase nada.O verdadeiro é que o fogo da perseguição refinava à igreja primitiva,separando a escória do ouro espiritual.
Parece que depois de três séculos, Satanás se deu conta de que não podia destruir à igreja primitiva com a perseguição. Quando mudou de tática, dentro de poucos decênios fez o que não tinha podido fazer durante todos aqueles trezentos anos. Agora ao invés de usar os golpes brutais, usava a persuasão lisonjear para destruir o cristianismo desde adentro dos muros. Faz-me pensar de uma das fábulas de Esope que li quando era moço:  Palavras do autor deste trabalho ! Um dia o sol e o vento discutiam quem deles era o mais forte. Quando nenhum dos dois se rendeu depois de muita discussão, o sol propôs uma prova. O que ganhasse  a prova seria tido como o mais forte. Vendo a um homem com um casaco de lã que caminhava por um caminho no campo, o sol propôs que cada um deles trataria de fazer que o caminhante se tirasse o casaco. O vento esteve de acordo. O sol lhe convidou a ser primeiro,enquanto ele se retirou por trás de uma nuvem.
O vento desencadeou toda sua força, dando contra o caminhante com tanto impulso que quase lhe derrubou. Mas o caminhante,inclinando-se contra a força do vento, lutava por seguir seu caminho. E ainda que o vento dava com mais e mais força, o caminhante conseguiu manter-se de pé, e só estreitou seu casaco contra seu peito. Ao fim, ofegando e fatigado, o vento se rendeu.     Depois o sol saiu de por trás da nuvem e ternamente esquentou ao caminhante com seus raios delicados. Dentro de poucos minutos, o caminhante tirou o casaco.      Assim mesmo, quando Satanás tratou de vencer ao cristianismo a pura força, fracassou do tudo. Mas quando mudou de tática e o adorno de honras, obséquios e palavras lisonjearas, a igreja primitiva rendeu se cedo. 1º Cor 5:6
Uma mudança de ênfase: da vida piedosa à doutrina
Como disse anteriormente, do segundo século ao terceiro tinha pouca mudança nas crenças fundamentais da igreja. No entanto, algo ia mudando. Para a metade do terceiro século, a igreja tinha perdido a pureza de sua vitalidade espiritual. Muitos cristãos começavam a adotar as modas imodestas dos mundano se enredavam cada vez mais na busca das riquezas E mais cristãos negavam ao Senhor quando defrontavam com a perseguição. Enquanto a igreja primitiva ia perdendo sua vitalidade espiritual,reforçava mais e mais sua estrutura eclesiástica. Por exemplo, mais e mais ênfase se dava à autoridade dos bispos. E não só isso, o bispo de Roma começava a afirmar que ele tinha autoridade sobre as demais igrejas.
Disse-se que “o patriotismo é o último refúgio do sem vergonha” Quando falamos do cristianismo, a teologia é o último refúgio da igreja débil. A teologia não exige nada de fé nada de amor, nada de sacrifício. O “cristão” que carece de uma fé verdadeira e uma relação vital com Deus pode afirmar que crê uma lista de doutrinas, o mesmo que pode o cristão forte e espiritual.
Enquanto a igreja primitiva ia perdendo vigor, dava mais e mais ênfase à doutrina. Para os fins do terceiro século, depois de bastante tempo sem perseguição, começaram a surgir cada ano mais rinhas sobre pontos de doutrina entre as diferentes igrejas. O historiador da igreja, Eusébio, contemporâneo desta época, escreveu da situação triste em que se encontrava a igreja: “Por causa da grande liberdade [outorgada pelo governo], caímos na preguiça. Tivemos inveja e falamos mal  uns dos outros. É quase como se tomássemos armas uns contra os outros, porque os anciãos atacavam a outros anciãos com suas palavras como se fossem lanças, e o povo se dividia em diferentes bandos.” Como resultado, a igreja não estava preparada espiritualmente para a grande onda de perseguição que se estourou contra ela no princípio do quarto século. Esta perseguição, ainda que severa, não durou muito.Os primeiros decênios do século quatro trouxeram grandes mudanças à igreja. Estas mudanças ameaçavam a vida da igreja mais do que a perseguição jamais a tinha ameaçado.
      Como Constantino tratou de cristianizar o império
Desde o tempo do imperador Nero do primeiro século, não tinha nenhuma dinastia permanente de imperadores romanos. Ao invés, um imperador reinava um tempo e depois era derrotado por outro. No ano 306 d.C., quatro rivais compartilhavam a autoridade imperial de Roma. Severo reinava sobre Itália e África do Norte. Constantino reinava em Bretanha e Gália. Dois outros compartilhavam o império oriental. Quando Severo foi destronado por outro rival chamado Majencio, Constantino se declarou o único imperador legítimo do império ocidental.
Constantino era líder bastante hábil, um homem de decisão e de ação, capaz tanto de inspirar ao povo como também de organizá-lo Pouco depois de declarar-se o único imperador legítimo do ocidente, começou a cruzar os Alpes para assaltar a Roma e destronar a Majencio. Depois de ganhar uma série de vitórias Constantino começou a última fase da marcha a Roma  no ano 312. Enquanto se acercava a Roma, teve uma experiência que ia ter um impacto profundo na história do cristianismo e do mundo inteiro.
Eusébio, o historiador eclesiástico, uns anos depois escreveu do que Constantino relatou de sua experiência aquele dia. “O disse que passado meio dia, quando o dia começava a declinar, viram seus próprios olhos o sinal de uma cruz de luz no céu, acima do sol, na que estava esta inscrição: ‘Por este sinal, vencerás’.” Constantino disse que depois teve um sonho em que Cristo lhe disse que fizesse um estandarte militar na forma de uma cruz. Este estandarte lhe brindaria proteção em todas as batalhas contra seus inimigos. Guiado por estas experiências, Constantino ordenou que lhe fizessem um estandarte especial. Tinha uma lança dourada vertical,cruzada por uma barra horizontal  para formar uma cruz. Uma coroa de ouro, enfeitada com joias, estava colocada em cima da barra transversal, e embaixo estavam escritas as iniciais de Jesus Cristo
Levando este estandarte à batalha, os exércitos de Constantino venceram completamente aos exércitos de Majencio,cerca da ponte Mílvio, com três quilômetros fora da cidade de Roma. Assim é que quando Constantino se fez o único imperador do império ocidental, atribuiu sua vitória ao Deus dos cristãos
A relação de Constantino desde este momento com a igreja se pode entender só se entende a relação que os imperadores romanos  tinham tido com a religião de seus súbditos. Os romanos sempre eram muito religiosos, e sempre atribuíam seu sucesso e prosperidade aos deuses que os abençoavam. A religião no império romano era assunto público, e sempre se entrelaçava com o estado. Orações e sacrifícios se faziam aos deuses nas festas do povo, e a adoração aos deuses nestas ocasiões se considerava a obrigação de todo patriota. Ofender aos deuses era delito contra o estado.
Constantino creu que em verdade o Deus dos cristãos lhe tinha dado a vitória, e que esse mesmo Deus protegeria sempre ao império... com a condição que os imperadores lhe adorassem e a igreja lhe fosse fiel. Por esta razão, Constantino começou a dar bênçãos à igreja e a seus líderes. Unindo-se com o imperador do oriente, promulgou o edital de Milão em 313. Este edital afirmou: “[Resolvemos] outorgar tanto aos cristãos e a todos os homens a liberdade de seguir a religião de sua consciência, para que todas aquelas deidades celestiais que existissem possam inclinar-se a nosso favor e ao favor de todos aqueles que vivem sob nosso governo.
Notemos que Constantino não fez do cristianismo a única religião oficial do império romano. Singelamente reconheceu que a religião cristã era uma religião legítima igual às demais religiões do império. Com tudo, o cristianismo agora era a religião do mesmo imperador, e por isso gozava a mais prestígio do que as religiões pagãs. Muitos templos da igreja primitiva se tinham destruído na perseguição que teve antes que ascendesse Constantino ao trono. Por isso Constantino ordenou que os voltassem a construir, pagando os gastos do cofre público.Também começou a pagar aos anciãos da igreja um salário com dinheiro estatal, e fez leis que eximiram aos líderes da igreja de qualquer serviço obrigatório do estado. Isto fez Constantino porque queria que os bispos e diáconos dedicassem seu tempo e energias a suas congregações. Cria que uma igreja próspera assegurava a bênção de Deus sobre o império. Constantino também levantou aos cristãos a posições proeminentes em seu governo e escolheu a muitos de seus ministros de estado de entre os cristãos. Até pediu que os bispos cristãos acompanhassem a seus exércitos às batalhas para que tivessem a bênção de Deus .
         Os muros de proteção começam a derrubar-se
Por dois séculos e meio, o cristianismo tinha mudado muito pouco. Quatro muros altos o tinham protegido de grandes mudanças.Mas o muro a mais afora, o muro de um espírito muito conservador que não permitia nenhuma mudança, agora era ameaçado.Antes disto, qualquer doutrina ou prática nova se tinha recusado de imediato pelos líderes da igreja. Mas depois da “conversão” de Constantino, a igreja começou a examinar de novo sua atitude que condenava qualquer mudança como a introdução do erro.
Por exemplo, a igreja primitiva sempre tinha dito que era prática herege pagar um salário a seus bispos e anciões. Mas quando Constantino ofereceu pagar os salários, a igreja reconsiderou sua posição e decidiu aceitar a oferta. A igreja começou a dizer que uma nova era tinha amanhecido para o cristianismo, e que as normas antigas já não tinham que se seguir. Muitos cristãos agora diziam que Deus mesmo tinha mudado as normas. Eusébio escreveu: “Tem que tomar em conta tudo aquele que considera a fundo estes Atos que apareceu uma era nova e diferente na história da igreja primitiva. Uma luz antes disto desconhecida começou a alumiar nas trevas da raça humana. E todos temos que confessar que estas coisas são só a obra de Deus, quem levantou a este imperador piedoso para combater a multidão dos incrédulos.”
Quando descreve como Constantino convidou aos líderes da igreja a suas câmaras privadas para que se socializassem com ele, Eusébio se parece mais a um menino ingênuo do que a um líder formal da igreja “Os homens de Deus entraram sem temor nas câmaras reais mais privadas. Ali comiam alguns à mesma mesa do imperador, e outros se reclinavam nos divãs a ambos os lados.Um tivesse podido pensar que se formava um quadro do reino de Cristo dado em figuras—um sonho mais bem do que a realidade.”O muro exterior que tinha protegido à igreja já estava rompido.Já não criam mais os cristãos do que qualquer mudança os envolveria no erro. Ao invés, a igreja começou a crer que a mudança podia trazer um melhoramento. Diziam que talvez o cristianismo dos apóstolos não era a cume do cristianismo,senão só o princípio. Até começaram a crer que Deus agora podia dar novas revelações. Os cristãos agora criam que a profecia de Ageu a respeito do templo que edificava Zorobabel podia aplicar-se à igreja: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos exércitos.” (Ageu 2.9). Segundo eles, a igreja estava por atingir novas cumes.
    Como a amizade com o mundo arruinou à igreja primitiva
A o próximo muro que começou a derrubar-se era ele da separação com o mundo, e este cedo se destruiu por completo.  A igreja era como uma jovem ingênua apaixonada com um noivo novo. O mundo quis a amizade da igreja, e a igreja não viu nenhum inconveniente em tal amizade. Pela primeira vez na história ser cristão dava prestígio social. E até preferência se dava aos cristãos quando se escolhiam aos oficiais do estado.  No entanto, esta amizade com o mundo corrompeu o coração da igreja. Quando Constantino começou a fazer leis para cristianizar à sociedade, cedo desapareceu a distinção entre os cristãos e os mundanos. Antes disso, tinha muito pouco que atraía a um incrédulo à igreja senão só a fé em Deus. Os que se convertiam na prosperidade se provavam nos tempos de perseguição e se não eram sinceros, saíam-se da igreja. Poucas pessoas não regeneradas em realidade se atreviam a ficar na igreja Mas agora que o cristianismo dava prestígio social,muitos entravam na igreja. Muito cedo, o nome “cristão”não significava nada. Só indicava que uma pessoa afirmava mentalmente que aceitava o credo cristão e que tinha recebido os sacramentos da igreja.
Tão cedo como a igreja se fez amiga do mundo, começou a atuar como o mundo. Isto não se podia evitar, já que o mundo não pode atuar como Deus o quer,requer o poder de Deus. E a multidão não regenerada,ainda que chamados cristãos, não tiveram o poder de Deus. Ademais, nem desejaram atuar segundo a vontade de Deus, já que a vontade de Deus exige muita paciência, a vontade de sofrer, e uma plena confiança nele.
“¡Os desafiamos a que nos persigam!”Ao princípio, os novos métodos do mundo pareciam mais eficazes do que os métodos antigos. Por exemplo, a igreja mudou de método em responder à perseguição ou oposição que vinha do governo. Antes que isto, os cristãos se tinham escondido de seus perseguidores, ou tinham fugido. Mas agora, a multidão de gente não regenerada não estava disposta a aceitar a opressão, ou a tortura, ou até a morte—sem defender-se.
Por exemplo, quando o filho de Constantino mandou a um de seus generais a Constantinopla para depor ao bispo da igreja ali, a congregação fez um tumulto. Durante a noite, enquanto dormia o general, atacaram a casa onde se hospedava,prendendo-lhe fogo. Quando ao fim correu o general da casa,meio aturdido pela fumaça, jogaram-lhe mão. Arrastaram-no pelas ruas da cidade e de modo selvagem o golpeavam até dar-lhe morte. E isto não era caso único; era o normal quando o governo se opunha à igreja. O caráter da igreja tinha mudado.
               Como impunham silêncio aos hereges
O mundo também tinha outro modo de tratar aos hereges.Constantino raciocinou que a igreja seria mais saudável se não tivesse hereges para enganar à gente. Por isto dispôs usar seu poder para eliminar aos hereges por meio do edital que dou a seguir:
“Compreendam agora, por meio do presente estatuto, vocês que são novacianos, valentines, marcionitas, paulicianos, e montanistas e todos os demais que criam e apoiam as heresias por meio de suas assembleias privadas… que suas ofensas são tão abomináveis e completamente infames que um dia não bastaria para numerá-las todas… Já que não é possível dar mais lugar a seus erros mortais, com o presente lhes advertimos que desde o dia de hoje se lhes proíbe reunir-se. Demos a ordem que seus templos lhes sejam tirados. Proibimos-lhes terminantemente que se façam mais suas reuniões supersticiosas e insensatas, não só em lugares públicos, senão também em casas particulares, ou em qualquer lugar.”
Poucos decênios antes disso, tinha sido um delito ser cristão.Agora era um delito ser herege. E a igreja aceitou esta mudança sem sequer um murmúrio de protesto. Era bastante difícil disputar com os hereges. Era bem mais fácil usar da autoridade do estado para impor-lhes silêncio.
Mas cedo vários grupos dentro da igreja qualificaram a outros grupos como hereges, e usaram a espada  uns contra os outros. Com o tempo, muito mais cristãos se mataram entre si que os que tinham morrido pela espada dos romanos na época da perseguição. Sim, mais cem vezes.Ainda que é triste dizê-lo, quando os exércitos muçulmanos invadiram ao Egito no ano 639, muitos cristãos lhes deram as boas vindas como a libertadores. Sua vida era muito mais fácil sob o governo dos muçulmanos que tinha sido sob a mão de seus colegas cristãos.
       O evangelismo por meio de arquitetura deslumbrante
Ao princípio, os cristãos celebravam seus cultos em casas privadas (Romanos 16.5). Quando as congregações cresciam,convertiam casas em salões de reunião e os chamavam “casas de oração”. Ninguém se atraía à igreja primitiva pela arquitetura de seus templos, senão pelos ensinos e as vidas piedosas do povo que constituía a igreja. No entanto, Constantino raciocinou que mais pessoas seriam atraídas ao cristianismo se os templos fossem mais impressionantes. Por isto, com dinheiro do estado, ele edificou templos deslumbrantes que competiam em magnificência com os templos pagãos. Os novos templos tinham colunatas impressionantes e tetos abovedados. Muitos deles tinham até fontes de água e andares elegantes de mármore. Constantino queria que nenhum pagão passasse por um templo cristão sem que se acordasse nele o desejo de olhar por dentro.Sua ideia resultou muito bem. Os pagãos se atraíam aos novos templos magnificentes e como resultado, milhares deles “se converteram”.
    Ao invés de levar a cruz, os cristãos agora vendiam a cruz
Cedo a mãe de Constantino, Helena, aproveitou-se das circunstâncias Fez uma viagem a Jerusalém e disse ter descoberto o sepulcro de Jesus. Disse ademais do que achou três cruzes dentro do sepulcro, mas que não sabia qual era de Jesus. Assim é que levou as três cruzes a uma mulher mortalmente enferma, quem ao tocar a cruz de Jesus se curou. Assim começou uma onda de mania pelas relíquias
Daqui a pouco, as relíquias apareciam por todos os lados: os ossos dos profetas, os bocados da cruz, alguma prenda do vestido dos apóstolos, e outras coisas mais. Milhares de pessoas testemunharam ter-se curado de suas doenças por tocar a tais relíquias, ou ainda por só vê-los. E em pouco tempo, os negociantes estavam fazendo bons ganhos, vendendo tais relíquias supersticiosas.
Para os fins do sexto século, uma dama nobre pediu a Gregório então o bispo de Roma, que lhe mandasse a caveira do apóstolo Paulo para que ela a colocasse na igreja que estava edificando para honrar ao apóstolo. Gregório respondeu numa carta,dizendo: “Lamento que não posso fazer o que você me pede. Não me atrevo a fazê-lo. O corpo de São Pedro e de São Paulo produzem tão grandes milagres e terrores em suas igrejas que  não pode sequer acercar-se a orar ali sem encher-se de grande temor.” Gregório seguiu dizendo que um sacerdote tinha caído morto quando por acaso tinha tratado de mover dos ossos de Paulo.
Gregório seguiu em sua carta: “Deve saber que não é costume dos romanos, quando dava alguma relíquia dos santos,atrever-se a tocar qualquer parte do corpo [do santo]. Ao invés disso,uma tela se põe dentro de uma caixa e se coloca cerca do corpo sagrado do santo. Quando se levanta [a tela], deposita-se com a reverência devida na igreja que vai dedicar. Os efeitos produzidos por este depósito são tão poderosos como se tivessem levado o mesmo corpo a esse lugar especial.” Gregório seguiu dizendo que um bispo romano tinha cortado com uma faca uma destas telas benditas e da tela tinha saído sangue.
A via para atingir o coração do pagão é através de seu estômago
O povo de Roma não se deleitava em nenhuma outra coisa tanto como nos banquetes. A igreja primitiva tinha tido o costume de recordar aos mártires da igreja cada ano no aniversário de sua morte com uma “comida fraternal” e um culto comemorativo. Agora alguns cristãos inovadores se deram conta de que poderiam atrair aos incrédulos à igreja se estas comidas fraternais fossem convertidas em festas para todo o povo. A idéia resultou muito bem, e muitos povos inteiros “se converteram” ao cristianismo desta maneira.
                 Não indica o crescimento a bênção de Deus?
Tendo aceitado o fazer mudanças, como podia a igreja primitiva saber se Deus aprovava as mudanças? A resposta era fácil: para eles o crescimento indicava a bênção de Deus. O cristianismo tinha crescido rapidamente pelos primeiros três séculos, mas depois da conversão de Constantino a igreja cresceu bastante da noite para o dia. Para o tempo do edital de Milão (313 d.C.), provavelmente uma décima parte do império romano se tinha convertido ao cristianismo. Mas isso tinha levado quase trezentos anos. Agora, dentro de menos de cem anos depois do edital de Milão, quase todas as demais pessoas “se converteram”.A igreja cria que este crescimento rápido indicava que Deus aprovava as mudanças que se estavam fazendo. Quando aceitaram essa ideia, a igreja cedo adotou qualquer prática que trouxesse mais crescimento. Por exemplo, introduziram o uso das imagens na igreja, uma prática abominável para os primeiros cristãos.
Dois dos muros que tinham protegido ao cristianismo primitivo ficaram completamente destruídos. Só dois ficaram:(1) o referir os problemas às igrejas apostólicas, e (2) a independência de cada congregação. Sem sabê-lo, Constantino derrubou estes dois muros restantes com um só evento: o concílio de Nicea.

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